12/30/2014

Tuas idéias me namoram

Ah, quando eu as escuto.
Para mim são mais que simples ideias
Eu as sinto como se fossem as minhas
Pode alguém amar as ideias?

Mas tudo que sei é que quando as sinto
As sinto com leveza. Em meu coração
A acariciar-me a face
Ideia viva e ativa

E no meio desse pensar frenético
Desse labirinto onírico das ideias
Permito-me parar por um breve instante
Para sentir com todo o afinco

Eis que minhas ideias se enamoraram pelas tuas
E nisso estou cá a pensar, nas ideias cruzadas.
E nos caminhos pela qual irá escoar, mas ai paro!
Pois o que era pra ser sentido agora está a ser pensado

Ideias essas que atravessam muros e oceanos
Essas mesmas ideias que escuto são as que me enganam
Que me fazem navegar por águas turvas

E que na calada da noite sutilmente sussurra meu nome.


12/28/2014

Encontro casual

Hoje, nas tardes solitárias paro pra pensar.
Em tudo o que eu falei e esqueci-me de sentir
Em todos os caminhos que eu quis traçar
Mas esqueci de encontrar

O verdadeiro querer, que não toma posse.
Plantar no jardim. Colher os frutos junto a ti
Mas egoísta que eu fui, envenenei a plantação.
A flor dentro em meu coração quase apagou o teu brilhar

E foi num desses encontros casuais,
Que descobri, que o verdadeiro querer.
Não pede o sorriso de volta
Saber que está feliz já deve bastar

Encontros e desencontros,
Tu que me aturaste todo esse tempo
Em todas as fases do meu luar...
Queria poder brilhar pra ti uma vez

Ver-te sorrir me ilumina,
Seduzo-me. Pelas tuas ideias belas e torneadas
Me encanto pelo seu saber, e pela nossa busca pelo ser.
Mas o que seria do poeta sem a sua efemeridade?

O que escreveria eu então?

Se não fosse às encruzilhadas no caminho
Não poderíamos chegar aonde realmente chegamos
E o pensar? Ao inferno... Basta disso
Vivamos o hoje, o agora, esse pequeno instante chamado vida.

E que juntos sintamos as coisas
A vida, o momento, o copo e o vento.
E que esse mar, aonde te encontro regue nosso sentir... E aflore

Essa pequena brisa, suave. Gatuna nos envolva em um abraço sem fim.

12/15/2014

Globalizando

E há os momentos eternizados
Pelo esquecimento. Pela falta de registro
Pois escritos, fotos, não descrevem tudo.
Quase tudo, porém há algo, a natureza.

Natural, que não está ai para ser descrito.
Lido, nem digitado, pois está ai para ser visto e apreciado.
Modéstia parte, eu sou rico por apreciar cada ser.
E me prender em cada momento, pois não quero me centrar no ser humano.

E temos aqueles que adoram o ditado
Estes que não sabem ler nem ver
Não conhecem suas verdades
Vivem de modo singelo, como todos.

Afinal, quem sou eu para se disser como viver?
Que vivam e morram da forma que achar melhor
Viver, em sociedade é morrer lenta e vagarosamente.
Pois sociedade é um termo distorcido e doente

Perdemos nossa capacidade de socializar
Socializamos, demais e sentimos de menos.
Pedra sobre pedra, o progresso vem chegando.
E a mãe terra vem chorando, pois seus filhos já não conseguem, mas vê-la.

E há também os letrados, pior que os gostam de ditados.
Esses vivem, atrás de citações do passado.
Usam do saber do passado, se esquecendo do autoconhecimento.
E em nome de quem não pode falar, constroem o progresso...
Chorariam se visse o que foi feito em seu nome


O progresso é retrógrado

12/10/2014

Flores?

Hoje me pergunto
Aonde as flores foram parar?
Estão por ai... Esquecidas
Apaziguadas e acariciadas pelo tempo

Mas ainda vejo flores
Flores suburbanas
Flores entre os escombros
Flores no deserto

A vida Há de florir-se
Floreie-se, sinta o doce aroma.
De uma flor velha e esquecida
Que ainda tem muitas sementes para vingar

Que os seus filhos
Lembrem-se das flores
Da vida, do amor e tudo o mais.
E se esqueçam da rosa das rosas

Marionetes

Eis o sujeito comum,
Vai a seu trabalho, compra seu belo carro.
Com sua bela vida social
Pensa nisso tudo com escarro

Condicionado por fatores externos
Ele grita, porém ninguém o escuta.
Pelo contrario!
O homem moderno está cada vez mais preso em si mesmo

Eis que surge a doença da modernidade
A depressão, o suicídio,
Moramos em prédios, isolados. 
O simples toque nos assusta

Nossa humanidade foi perdida
Hoje vivemos como ratos
Com medo de nossas próprias sombras
Presos atrás de uma tela

Monte você também sua personagem
Aqui você é o que quiser
Não é assim que funciona?
Modele a vida, mate-a!

Enforque-a, rasgue-a.
Basta de mentiras
A corda é a solução
Os suicidas sempre tinham razão

A vida pode até ser bela
Mas a humanidade fede
Destrói a vida

E tudo que já foi belo.

12/09/2014

Jardim de sonhos

Já não havia amanhecer, Nem flores em meu jardimAs cores se foram A espera foi longa, Mas é sempre tempo de nos encontramos E nos perdemos nesses desencontros A vida é assim, sempre pregando peças.
Mas nesses desencontros da vidaEncontrei você, majestosa.Com sua coroa de flores,
Creio que amar, seja pensar.Mas não nos esqueçamos do sentirA tua beleza, esta em existir.E na capacidade de estar sempre a sorrir.
Meu desejo? Que a mais bela dentre as flores sorria para mim

12/03/2014

Tique-Taque

Feito tatuagem, o tempo nos aprisiona.
Reféns do relógio e de suas correntes
O ponteiro gira, e sua vida segue insossa.
Num badalar rotineiro e incessante

Seres Humanos e seus relógios
Sempre apressados, caminhando para lugar nenhum.
Muito ocupados para sentir, ou pensar.
Sem sair do lugar, sua vida se consome.

Caminhando a esmo, olhares catatônicos.
É preciso estar atento, o ônibus vem vindo.
É preciso dar a corda em nossa superficialidade
E se o relógio parar de bater? Tique... Taque...

Que se exploda o relógio,
Que se exploda tudo isso, ao inferno!
Quebre sua ampulheta, deixe-a escoar.
E dela sorva o amor

Vou viver como se não houvesse amanha
E as únicas horas que eu quero contar
Serão aquelas em que esperarei pra te ver sorrir.


Amar é preciso, atar a corda não é preciso!


11/27/2014

Rosa dos mares

Estou cansado desse mar a tentar me engolir
Vivemos condicionados pelo que devemos ser.
Rotina é a morte em doses curtas
Nosso fluido de vida, escorrendo pela ampulheta...

Queria poder jogar tudo pro ar
E poder viver sentir a brisa, sentir a vida.
Em cada conversa, mas só vejo cinza.
Pela janela a vista é uma parede incolor

Sem vida, sem humanidade.
Seres irracionais que se acham supernormais
Dentro de seus cubículos,
Quero ver a babilônia queimar

Futuro incerto e caótico
Esse será nosso legado
Sentar no divã a procura da cura
Para a doença que nós mesmos criamos


Não suportam o monstro que criaram
A fera contra o domador

A mais bela das rosas já murchou

11/12/2014

O que é o amor?

E o amor?
O amor é louco, pois loucos são aqueles.
Que desaprendem a amar, vivendo como loucos em um mundo insano... Faz sentido?
Não e nem precisa ter, à vida por si só é o amor.

Idealizamos a perfeição,
É errôneo, não se idealiza algo que deve ser construído.
Não se dita às regras desse jogo,
Apenas se joga... As escuras é claro

Seja o amor que você tanto busca
Não se afogue numa paixão egoísta.
Não se prive dos momentos de prazer, 
Que a vida tem a lhe oferecer.

Compartilhe isso, a positividade... Suas magoas e tristezas
Pois não há coisa melhor, do que poder compartilhar seus amiúdes sentimentos com alguém.

E que não seja apenas o amor carnal
Que seja o amor ao próximo, o amor pela vida. 
E por tudo que nos rodeia.
Uma vida com amor faz um coração voltar a bater.

Quem não ama a si próprio é incapaz de amar
Amor. É um momento, uma fagulha.
Aquele que vive repetidamente o mesmo sonho
Vive infeliz, no passado... 
Busque a chama dentro de você.

Pedalando encontrei meu viver,
Conversando encontrei meu amor,
 Escrevendo compartilho com vocês o âmago de meus sentimentos,
Também encontrei o meu amor, a vida

O amor esta ai por todos os lados. A sua espera,
Basta abrir os olhos para o despertar... A terra é viva
Se nao puder amar nao se demores

Quarto acolchoado




Diz-se que o caminho mais difícil e tortuoso a seguir 
É aquele no qual nos buscamos mesmos
Virtuoso é aquele que se olha no espelho
Sem medo do que irá encontrar.

Vivemos como ratos, tal como Dorian Gray.
Com medo de encarar a verdadeira faceta de nosso retrato
Maquiamos nossa vida, álcool... Drogas... Ópio a escolher
Verdadeiro é aquele que questiona que busca... O caminho é infinito.

Eu? Tento me encontrar, sigo na busca.
Incessante... Ora doce... Ora amarga...
Sou grato pela existência, pelo ser.
Sou grato pelo Sol, pela Chuva, 
Pela brisa suave do mar... E sou grato pela terra.

Pelo que mais poderia ser mais grato?

O resto é ilusão; relações lesadas, desejo falso.
A solidão. É uma dádiva.
Aprender a conviver consegue mesmo?

Uma Conquista!



11/04/2014

Luto ou luta?

Luto pelo ser
Luto esse esquecido
Apaziguado, pelo doce roçar do tempo
Já nao ha mais luta.

A mão fraqueja, com medo de não fazer jus a memória dos perdidos.

Hoje apenas mais um número perdido em algum livro, não somos substituíveis.
Hoje eu choro por todos aqueles que se foram pela ganancia e ignorância de poucos,... E os       inocentes continuam a morrer, pior é para quem fica por aqui.

Se pudessem ver até onde chegamos, e a inercia do sentimento.
Eis que quem choraria seriam eles

Hoje visto preto, e no meu coração escuto um lamento triste.
Um soluço, baixinho rouco e assustado.
Seu nome?
Humanidade


Conecção Falhou

Fiação, Sentimento cortado.
Esqueceu-se de ligar o painel

Vento, choque, remendo.

Nas linhas telefônicas, ou nas maças do seu rosto.

Conexão indisponível, rede incompatível.
Vidas cruzadas, você se desconecta.

Será que podem chamar um técnico para ajustas essa gente?

Palavras ao vento

Palavras ao vento
Palavras soltas ao vento, sussurradas entre os amantes.
Destino? Acaso?
Que me importa tudo isso
Só espero um dia te encontrar

Perdemo-nos e nos encontramos
E eu nem mesmo sei o seu nome
Que dia e noite passe, enquanto viajamos por aí.

E o amanhecer de ideias e palavras soltas que se perdem
Quero me perder em seu olhar, embarcar nessa viagem.
Uma pitada de constância não vai mal
Nesse caldeirão de ilusões chamado vida

Sair do calabouço, que entre o toque de nossos corpos quentes.
Seja mais que um simples toque... Inerte, frio.
Que as palavras tenham força e juventude.

E que seja a vida o amor e tudo mais.
Um diário de bordo sem destino traçado
Onde meu coração está?

Quantas noites mais a pensar o que será?
Escrevo para me lembrar de sentir
Por que é idiota, não o faria se não o fosse.

Dizem que temos uma vida que é pensada e outra que é vivida
Acho que vivo um pouco nas duas... Perco-me
Por isso o poeta é triste e enfadonho.



Serei?

Fico pensando no por que de escrever
Se há uma razão para tudo isso
É realmente minha maneira de estar só?
Ou só mais um refúgio,como tantos outros?

Vivemos em busca de cavernas, como no mito de Platão.
Anestesias, cocaína, bíblia, álcool,
Qual é o buraco mais fundo
Onde estará a nossa dose de vida.

Meus escritos creio, são como vejo as coisas,
Através da minha lente, procuro não enlouquecer.
Buscando alcançar o cume da vida
O Por que  de tudo isso

Eu?
Sou um grão de areia,
Acho que escrevo para deixar algo,
Quando me for, que fiquem os escritos.
E alguém leia e saiba quem eu fui

Se é que somos alguma coisa nesse mundo louco.



10/29/2014

A dama da noite

Foi num dia desses
Não era um bom dia...
E lá estava ela, com seu negro vestido de cetim.
Ela vem... Ela vai; alguns a interpretam mal.

Mas ela apenas faz seu papel
Levando para dançar aqueles que já perderam o ritmo
Ou simplesmente quem já não quer mais dançar
Seu abraço suave... Um alento final, um flerte fatal.


Eu vejo sua beleza
Seus belhos olhos negros
Seu jeito gracioso e taciturno
Afinal o que seria de nós sem ela?

Hoje a dama foi convidada para dançar
Parece que não vai haver mais musica
Nem poesia, só o ritmo fúnebre do andar da dama.
E depois o silencio... O eterno descansar...

SERA?



10/28/2014

Menino triste

E na ponta do lápis
Fluem as emoções
Quebram-se as limitações

Vejo um mar de sonhos
Dos quais, contos e encantos enchem de alegria.
Que na mão do artista ganha cor

Eu? Eu sou o menino de ontem, o poeta cabisbaixo de amanha.
Cabelo, peão, livro, lamento, corda.
Me pego lembrando os bons dias...
E se não fosse essas linhas aonde iria parar a mocidade perdida?

As cores se perdem no abismo
Desbotadas, inertes na mente de quem não sabe sonhar.

Quem é aquele louco ali sozinho? Um vagabundo... Diz que é alguem

Nada mais a inventar

Como escrever uma palavra que seja
De verdade poesia nessa fase da humanidade?
O ultimo ser humano...
Morreu a muito.

Como sentir algo de novo,
No tempo em que nos encontramos todos cegos?

Só me resta fazer companhia a Crusoé em sua ilha,
Ou tentar voar tal como fez Pícaro com suas asas.
Guerrear junto a Tolstoi, sofrer com Dosto
E suicidar-me pois o sol também se levanta

E morrer sabendo que ainda vejo e sinto.
Os sentidos do amor, ainda não me escapuliram pelos cabos e semáforos.


Formigas do Espaço

Amei-te. Cobrei-te
Noite e dia te esperei
Egoísta que eu fui
Apaguei tudo que se tinha.

As noites vão sem em murmúrios e resmungos
As paredes a me fitar, o tique taque do relógio a bater.
Estilhaços e lembranças
Me afogo em tuas memorias,já nao me pertencem

Vejo você onde quer que eu vá
Começo a correr, sem sair do lugar.
Ela esta atada a mim, por correntes.
Eu mesmo fiz as amarras, em minha carne.

E o que nos resta agora?
Abraçar a ilusão, andar de mãos dadas com a desesperança.
De que vale tudo isso,  o tempo a tudo devora
Somos formigas, num ponteiro de relógio

Acho que nada mais importa
Talvez nem a próxima dose
Nem esse texto de merda
Ou esse buraco onde me escondo...

Só as lembranças e fotos que com o tempo vão desbotando...

Videocassete

Vivo encarcerado em uma caixa
Dessas de parede concreto... Que seja
Tento escapulir dentre as frestas, e me sentir "algo”.
Porem é preciso sobreviver, preciso ser feliz

Vaidade perdida, resistência desfocada.
Sussurros em minha mente
Tentam me ditar as regras desse joguete de ilusão
Excomungar-me , excomunguei-me

Aqui estou, em minha caixa,
Tudo observo e nada falo
Não há mais nada a dizer
Nada além de dizer que continuo em minha caixa

Quando novo, vivia livre... Nada de muros
Fui etiquetado, embalado.
Vivo olhando pelas sombras, pelas frestas.
Como um gravador segue sobrevivendo.


Todo dia a mesma fita toca sem parar
O rádio de repente se cala.
Não há mais nada a ser dito
Acabou a gravação

10/26/2014

Poeta Louco

E os poetas... Esse tipo vai levando do jeito que dá
Alguns abraçam a dama da noite
Outros aos vícios.

Ainda existem alguns poucos loucos
Os que sonham por cima do muro
Que se recusam a por o pé no chão

Esses vivem meio que flutuando sabe?
Vão andando meio engraçado...
Com um pé no chão e outro no mundo das ideias
Esse talvez possa chamar de sonhadores.




934

Era um dia desses qualquer... Como qualquer outro no ônibus 934
A pensar na vida, quando ela entrou ,vamos nomeá-la de desconhecida
Assim que ela entrou senti arder em meu peito uma palpitação.

Graciosa e educada, sentou-se ao meu lado.
Com toda elegância, nossos olhares se cruzaram sem querer.
E naquele olhar, mil noites e historias foram contadas.

Meu coração aflito, minha boca calada.
Preciso falar com ela
Mas no final
Decidi que aquele momento serene e silencioso deveria perpetuar.

E a com a mesma magia
Que esse elemento entrou,
Foi embora.
Como deve ser... Platônico




Fiações

Olho para o céu e contemplo
Pergunto-me...

Por que tapar os céus
O verde?
O azul do mar

No lugar uma muralha cinzenta
Feita de ossos, carne concreto e cabos.
A argamassa?
A vida, a juventude, a empatia.
O sorrir


Guerra dos sentidos

Relações lesadas, pessoas de papel.
Você olha no espelho e se reconhece?
Eu não tenho medo de ver
Qual o motivo que te faz levantar todos os dias?

Você se levanta,
Se não se enquadra é excluso
Embalado, rotulado e plastificado.

Mas é preciso resistir, os sentidos do amor ainda ardem.
Essa guerra é travada todos os dias
Com artistas; poetas; livres pensadores; circenses e afins.

Não devemos morrer,
Sentados numa privada fumegante de merda.


Desistencia

Caminhando num labirinto de lamentações
Coração negro e mutilado, existência condenada.
E a náusea por uma sociedade doente a te engolir.
Tenta gritar, tenta chorar de nada adianta

O ódio domina sua alma,
O ultimo grito de liberdade
Perdeu-se,esvaído
Entre os becos e vielas do submundo

Suicídio era a saída
Vivendo como maquinas pelo beneficio de poucas.

Morte a fera capital!

EgoISTA

Esse mar onde se perde meus mais obscuros sentimentos 
Uma tempestade onírica de sentimentos frustrados e reprimidos

Tento me encontrar, remando contra a maré.
Porem só o que vejo são sombras e inverdades
Vivo seguindo o que ditam, acorrentado.

Dizem-me para olhar para frente
Sempre em frente...
Porem as curvas me perseguem
As mesmas curvas torneadas e bronzeadas de sempre

Não quero acabar como um sujeito comum 
Como esses que se vê por ai
 Andando a esmo, olhos vidrados.
Quero viver... Quero sentir...

Onde encontrarei meu sentir?
Será nos braços de uma mulher? Na mesa do bar?

Qual será a melhor dose de virtude que deverei tomar para ser um bom sujeito?

Não quero morrer pensando em vencer na vida
Quero viver sentindo a vida passando por cada fio de cabelo
A cada gota de chuva que escoa sobre meu olhar fúnebre...

10/25/2014

O que vai ser?


O que será que será?
O que serei ou que ja fui...
Perguntas que nos fazemos diariamente

Como diria cartola precisamos nos encontrar
O despertador toca acordo engatinhando a esmo,
Procurando entender o sentido dessa merda

Esbarro em trapos e farrapos,
a procura  de  uma razão de ser
agonia que eu sinto por nao saber a quem falar

Sou uma bomba relógio
Pronto Há explodir
Quem será o louco a apertar o gatilho?


Sombra


As sombras te perseguem,
Cicatrizes de uma existência expurgável e desumana
Onde quer que você vá lá esta... A ferida
Ainda sangra... Escorre a sua volta.

Você tenta fugir, Procurar outros caminhos...
Mas no final as sombras do passado
Encontram-te.
Porque você as mantem vivas dentro de você.

Dia após dia elas te consomem
Lentamente, sonhos após sonho...
Quando será o despertar?

Não exististe amor em são Paulo, em lugar nenhum.
Muito menos um despertar
Sabe o que as alimenta?


O ódio



Encontro Poético


Em meio à rotina
É preciso estar atento
É preciso seguir as regras

Ontem a poesia e a liberdade
Encontraram-se comigo
Fumamos um cigarro...
E bebemos algumas cervejas como deve ser

Engraçada essa poesia,
Sempre inconstante
Como um sonho de uma noite de verão
Daqueles que nos acorda a noite

Penso naqueles que não vivem,
Conglomerados de "pessoas" e maquinas que já
Nada mais sentem
Condicionados pelo pão e circo.

Mas a poesia está ai, entre os bares e botecos.
Nos livros onde não se encontra resposta nenhuma.
Depois desse papo com a poesia algo voltou a queimar dentro de    mim
Talvez algo chamado vida ou sentir

Só espero não encontrar por aí essa tal de hipocrisia!

Poesia, ou não... Escrevo o que sinto... Ou sinto o que escrevo?

Sobre as Rodas

Pedalando eu vou
Pelos becos e vielas, faça chuva ou faça sol.
Meu corpo sempre molhado
Esse é o meu viver
E nesses caminhos e encruzilhadas
Vejo a vida acontecer
Onde ninguém costuma olhar
Uma flor cresce entre os escombros
É no aperto de mão...
No sorriso de bom dia
Nas coisas simples da vida
Que observo nesse povo sofredor
Que dia após dia
Segue vivendo sem saber o porquê...
E eu? Vivo a observar pensar... E matutar
E claro a pedalar!
Feliz em meu viver





Ser

Ser?

Hoje estou perdido
Tenho que mudar
Perco-me nesse tempo
Vivendo a esperar
Mas nada vai mudar.

Conversei com a mãe terra
E ela me lançou um papo astral
Percebi como as coisas devem ser.
No final, temos que buscar desconstruir

E sabe de uma coisa? No final até que a vida é bela
Basta enxergar
Sair do fundo da cartola
E os elementos encontrar

Encontro-me e desencontro
Viver é procurar evoluir
Erros fazem parte, prisões não.
A evolução é constante, Gaia a lhe ajudar.

Viver sempre em busca da inconstância
Mochila nas costas, Tênis no pé.
Com destino a., mas pera aí?
Até parece que nada aprendi!
Com destino a vida.