12/28/2014

Encontro casual

Hoje, nas tardes solitárias paro pra pensar.
Em tudo o que eu falei e esqueci-me de sentir
Em todos os caminhos que eu quis traçar
Mas esqueci de encontrar

O verdadeiro querer, que não toma posse.
Plantar no jardim. Colher os frutos junto a ti
Mas egoísta que eu fui, envenenei a plantação.
A flor dentro em meu coração quase apagou o teu brilhar

E foi num desses encontros casuais,
Que descobri, que o verdadeiro querer.
Não pede o sorriso de volta
Saber que está feliz já deve bastar

Encontros e desencontros,
Tu que me aturaste todo esse tempo
Em todas as fases do meu luar...
Queria poder brilhar pra ti uma vez

Ver-te sorrir me ilumina,
Seduzo-me. Pelas tuas ideias belas e torneadas
Me encanto pelo seu saber, e pela nossa busca pelo ser.
Mas o que seria do poeta sem a sua efemeridade?

O que escreveria eu então?

Se não fosse às encruzilhadas no caminho
Não poderíamos chegar aonde realmente chegamos
E o pensar? Ao inferno... Basta disso
Vivamos o hoje, o agora, esse pequeno instante chamado vida.

E que juntos sintamos as coisas
A vida, o momento, o copo e o vento.
E que esse mar, aonde te encontro regue nosso sentir... E aflore

Essa pequena brisa, suave. Gatuna nos envolva em um abraço sem fim.

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