1/01/2018

Liberdade

O que  você tem se tornado?
areias do tempo a se mover
Poderíamos  ter sido qualquer coisa
Mas você fez sua trilha

Quem somos nós?
trabalhadores produtivos ?
doces amantes?
Revolucionários ?
comilões indigestos eu digo


Caminhando sobre incertezas na neve
os pés sangram , é preciso prosseguir
a vitoria perante a ignorância?
ou a "derrota" perante a liberdade

Liberdade de sermos quem queremos ser
Liberdade para falar o que queremos falar
Liberdade para ser , apenas sem sem tirar nem acrescentar
Liberdade apenas, tao dificil assim ?

Mas isso não basta para vocês não é?

È preciso um numero , um cifrão , uma fila ,um código um Cid
Ser já não basta mais, é preciso produzir
Acabou a produção , acabou-se o ser
O que era antes vital , agora banal

Humano?
demasiado infecto

Rufem os tambores nas cabeças ocas
perfuradas por tiros invisíveis
presos em suas próprias solidões
Ja não há mais mesa para sentar

Nada para ser,apenas o que queria
decidiu apertar um ultimo botão
um  tiro em suas ideias tortas
escorre esperança pelas paredes

A negação do ultimo reduto de fé
Uma linda explosão de cores e dores
Um ultimo voto de protesto
O amor pereceu, e com ele esse poema torto


Mas e  das  crianças o que será?




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