1/22/2015

Assassinato Literal

Quando se termina de ler um livro Ocorre um genocídio Todo um universo se acaba Em apenas uma simples virada de página Quão cruéis são os escritores Para matar tão belos universos Assassinos! Mal sabem eles que os mantenho vivos Caminham junto a mim Quem diz que está só É por que não lê! Mas afinal Acho que devo agradecer Por terem eles eternizado seu saber E compartilhado esse universo O que seria da humanidade sem o sonhar

Morena

Morena altiva e bonita
Do olhar gatuno
E do andar sensual
Partiste meu coração

O remendo já sabe fazer
Mas como conviver
Com a falta do meu querer
É algo que já não sei fazer
Ela pegou o bonde para não voltar
Deixando um deserto árido
Eu jardineiro que sou
Tornarei a plantar
Os caminhos que vou percorrer
Já não sei mais
Só sei que seguirei
A esperar
Sempre por aí
Com um livreto desses de amor
Sonhando com amores oníricos
Que das paginas nunca vão sair.

1/15/2015

Dos Amores

Dos amores
Em cada esquina um coraçao pulsante
em cada beco um coraçao errante
em cada mesa de bar um sujeito afogado
Em cada amor um coraçao com pinta de medroso
em cada corpo uma mente tao arrogante
em cada casa demagogo tão importante
e dos amores o que será?

1/04/2015

Os Desajustados

 Engolidos pelo monstro cotidiano
Seguem suas vidas. Problemáticos? Talvez
Fruto de nossa sanidade
Seguem esquizofrênicos apáticos e inteligíveis

Cada vida é um universo louco
Preso a si mesmo e incompreendido
Corações que não cabem no peito
Mentes pensantes que não cabem no corpo

Entre as grades da cidade
Um recanto para os esquecidos
Apaziguarem sua existência monótona
As historias seguem. Contínuas

Mas a aurora sempre vem
Simpática e falante
Até mesmo para com os desajustados

E o sol brilha sem preconceitos.