12/12/2016

Dê um role


Saio por aí , ver o que esta passando
Sento na chuva a observar esse teatro
Sorrisos ,conversas e cirandas rolando
Tantos  contos,  encantos  e encontros

Mas no meu peito bate outra verdade
Meu grito,silencioso e aleatório
Como estar em ti ,se  é na liberdade
Que acabo preso em teu repertório

Vejo as cores que parecem tao belas
Vejo sorrisos por traz das malicias
Vejo pessoas despreocupadas
A falar de revolução e sevicias

Um mártir , um festim para a causa ,
Quem era mesmo? nao importa
Somos todos Severinos, é o refrão


Todo esse papo me deixa abismado
Todo esse amor me parece  banal
Triste  ver que nao hei de ser  amado
No meu silencio, um barulho infernal

No final termina tudo  nublado
Me recanto no meu desencanto
Chove, vou-me amargurado
Pois teu encanto já me escapuliu

No ponto , uma interrogação !
ou uma exclamação ?
Perco o ônibus e com ele este lirismo fajuto

Nenhum comentário:

Postar um comentário