10/12/2015

Honra ao mérito

Corpos dilacerados, mais uma medalha.
Mais um corpo, mais uma vitória.
Os grandes sentados em seu trono de sangue
Movem as peças no tabuleiro, um belo jogo.

Milhares de jovens não voltam pra casa
Que nunca irão se apaixonar
Nunca irão voltar para suas famílias
Mais uma guerra, mais uma condecoração.

Mais um tiro a esmo, o sangue a jorrar dos dois lados.
Idolatria de uma causa qualquer
Para que as engrenagens continuem a girar
E os corpos continuem a voltar

É a indústria da morte
Que lucra milhões, no grande negócio da guerra.
E os jovens coitados... mal sabem o que fazem
Vão se como marionetes, como peças de xadrez.

Para que você, ai sentado.
Continue a ver filmes de guerra
Continue a comer sua rosquinha,
Vivendo em seu mundo de mentiras

É o que somos
É o que sempre seremos
Peças num tabuleiro de xadrez
Xeque mate