10/28/2014

Formigas do Espaço

Amei-te. Cobrei-te
Noite e dia te esperei
Egoísta que eu fui
Apaguei tudo que se tinha.

As noites vão sem em murmúrios e resmungos
As paredes a me fitar, o tique taque do relógio a bater.
Estilhaços e lembranças
Me afogo em tuas memorias,já nao me pertencem

Vejo você onde quer que eu vá
Começo a correr, sem sair do lugar.
Ela esta atada a mim, por correntes.
Eu mesmo fiz as amarras, em minha carne.

E o que nos resta agora?
Abraçar a ilusão, andar de mãos dadas com a desesperança.
De que vale tudo isso,  o tempo a tudo devora
Somos formigas, num ponteiro de relógio

Acho que nada mais importa
Talvez nem a próxima dose
Nem esse texto de merda
Ou esse buraco onde me escondo...

Só as lembranças e fotos que com o tempo vão desbotando...

Nenhum comentário:

Postar um comentário