4/25/2015

Flor de Mandacaru

Canto-lhe, cantamos juntos a lembrar do passado.
A o som da doce poesia
Para que tu voltes a brilhar
Uma rosa ofuscada sem cor

Pelo monstro da vida cotidiana
Que devora o sentir
E a vontade de viver
Canto-lhe e nome da vida

Papos dentro da noite, cantadas furadas.
Brilho no teu olhar que se apagam
Depois de se contentar com a maldade
É tempo de ver o sol brilhar

Das vivencias trocadas
Uma flor nasceu
Só que essa é diferente
Veio de um lugar árido

Pronto a enfrentar a multidão
De rostos inertes, olhares catatônicos.
Seu objetivo é um só
E as flores guerreiras, continuam lá!




4/20/2015

Ôlinda

Da menina que virou mulher
Cresceu e foi pra luta
Menina e mulher que me encanta
Mulher essa com sorriso de menina

Você é toda poesia
Com esse cigarro na boca
Se fazendo de rebelde
Cada ruga do teu rosto é só amor

Papo vem, papo vai.
Mas o que eu quero realmente
É te encontrar num abraço
Desses que não se larga mais

E no brilho desse teu olhar
Como na água do mar
Perco-me pensando como vai ser

Se algum dia juntarmos nossos pés

Estagnar

E eu digo foda-se

E grito bem alto para eu ouvir
Estagnar, Estagnar e Estagnar!
Leio um livro
Evolução, questionar é o caminho.

Não quero atrofiar
Deixar essa coisa de linhas ganharem
Já que tem tanto livro por ai
Não vou ficar a ler a mesma prosa

Abro um livro e me sinto mais vivo
As decepções acontecem
Mas meu saber ninguém há de levar
Há não ser a dona dama,
Mas essa não sei se quero encontrar

Jogo fora velhas verdades
Dispo-me fico nu
Abraçado com o desconhecido
Que seja um novo velho saber

Inspirado nas mais belas revoltas
Na mais bela das virtudes
No seio do saber
Que esteja eu sempre a questionar

Agora me deixe ir
Que já estou a me perder
Nas linhas dessa poesia
Quero mesmo é aprender

E eu digo foda-se

E grito bem alto para eu ouvir
Estagnar, Estagnar e Estagnar!
Leio um livro
Evolução, questionar é o caminho.

Não quero atrofiar
Deixar essa coisa de linhas ganharem
Já que tem tanto livro por ai
Não vou ficar a ler a mesma prosa

Abro um livro e me sinto mais vivo
As decepções acontecem
Mas meu saber ninguém há de levar
Há não ser a dona dama,
Mas essa não sei se quero encontrar

Jogo fora velhas verdades
Dispo-me fico nu
Abraçado com o desconhecido
Que seja um novo velho saber

Inspirado nas mais belas revoltas
Na mais bela das virtudes
No seio do saber
Que esteja eu sempre a questionar

Agora me deixe ir
Que já estou a me perder
Nas linhas dessa poesia
Quero mesmo é aprender



4/15/2015

Noite quente

Lembro-me daquela noite como ontem
Peguei com força nos seus cabelos molhados
Suas curvas morenas e torneadas sobre meu quadril
A sentir o perfume que só seus belos cabelos contem

Sobre tua face eu vejo a faceta do prazer
No teu sorriso malicioso o gozo momentâneo
Ah como ele é deveras puro
Esse teu olhar me faz querer-te penetrar mais fundo

Galgando noite e dia
Eu vou te dar o seu prazer
Entre suas pernas um conforto
Enquanto minha língua faz seu dever

Essa noite, corpos molhados.
Sussurros ao vento, gritos adentro da noite.
Nas memorias um prazer que não vou esquecer
E você, só de lembrar fica molhada.



4/14/2015

Inesperado

Você chegou como uma ventania
Em meio à tempestade do meu ser
Teu vento, meu calor.
Resultou numa calmaria de se ver

Das simples coisas da vida
Que ainda acontecem nesses dias
Fazem-me lembrar de que afinal ainda há vida
Que se consuma o nosso tempo

Dos loucos, a normalidade.
Dentro dessa anormalidade
Que nos é imposta violentamente
Em prefiro é ser gagá

E junto contigo contar as folhas das arvores
Sussurrar no teu ouvido que eram verdes
Enquanto você dizia que eram vermelhas
No desencontro, um encontro.

Mas o que há de se esperar
Eu não sei fico a me perguntar
Mas talvez seja melhor deixar rolar
Qual é a graça do esperado?