10/29/2016

Janela Temporal

Desculpe meu bem
mas nosso tempo já passou
Se é amor, não quero não

Tudo tao simples
Que chega a ser complexo
Uma intrínseca ligação
Me tira a calma,e alma

Por isso vou-me embora
Preciso cair fora
Não sou perfeito, me desculpe
mas esse peso não suporto

Você sempre soube
Quão cruel as coisas são
Sempre soube quem era quem
passado nostálgico
do presente um amargo no meu amago

Eu fujo  da verdade
Eu fujo de mim mesmo
talvez seja tudo frustração
Mas estou cansado ,
perdi a memória e o sono

Sou da noite
Mas ela já não é mais minha
Muitas incertezas, de comum
só a doença maldita
O resto perdeu-se nas agulhas do tempo

Eu terminarei só
Caduco,olhando para o céu
pensando no que poderia ser
afinal, é tanta teoria ...

10/25/2016

E agora Maria?

Em um dia só amores
Conversas noturnas ,papo legal
No outro  quem é quem?
Já não te conheço mais

Onde estava aquele amor
Que diz o doutor incondicional
Diz o estudado construção social
Digo eu , triste final

Aprendemos juntos talvez
erramos demais, vivemos de menos
Tu ai, eu cá
Cada um com uma verdade no peito

E os dois com o medo na mão
medo de dizer tudo que ha pra ser dito
Mas que fica por la
nas teias do orgulho

No baralho da vida
sou o coringa
Tu é a bancada
Sempre a lançar novos jogos

Um dia esse jogo termina
Sem blefe, nem cartas na manga
Afinal até  a partida mais longa tem final
Sem perder , nem vencer

10/21/2016

As flores da morte

Passam se as horas
A verdade vem chegando
Os quatro cavaleiros
De arma em punho

O que sobra da sua vida
Quando tira as ilusões
O terror chega a sua porta

Mas se tudo se repete
Numa grande incongruência
A escada ali esta
E o elevador esta parado

De um lado a oposição
De outro o governo
Todo mundo ri
Enquanto o pobre chora


Fique com tua paz
Que eu fico com meu caos
Fique com tuas flores
Que fico com os espinhos

Se e pra não enlouquecer
Uma virtude escolher
Demagogos querem ser
Pra poder espairecer

Falam de mentiras tão honestas
Criticas open bar,mas por traz do
Palco a sujeira rola solta
Essa truque ta manjado

Guerra e paz você me diz
Flores contra as armas
De um lado o filantropo
De outro o misantropo

Cada um com sua razão
Cada um com sua vazão
Mas eu aqui sentado
Não sou de ninguém não

Vermelho do meu sangue
Branco na minha mente
Negro são meus punhos
Minha alma não tem cor

Fico pensando no que vai ser
Esse povo estudado
Vive a debater, enquanto a gente continua

Sem saber ler nem e escrever

10/14/2016

18 de outubro

Contas que nao param de chegar
Cada dia mais longo que o outro
sete dias e sete noites se passaram
A sete palmos  se encontra

No papel a prova
No coração a certeza
Na mente o sonho constante
Na real? Uma copia barata

Mas quem se importa afinal?
Tudo segue por ai
O galo canta,  e a formiga trabalha
o velho varre, e a missa é aos domingos

Agora, nos encontremos por ai
Ideias e traços mundo afora,
Vivencia estagnada, escrita atrofiada
Prepare o a cama para mim

Gratidão?

O palhaço sem platéia
Sentado a beira da escada
Roubando o riso alheio
Pobre palhaço

Nem palco nem platéia
Vive aprontando das suas
Ja viram um palhaço cabisbaixo?
Ora pois eles existem

Estão ai, aos milhares pela rua
Artistas desconhecidos, jovens sonhadores
Todos com um sonho em comum
Todos com estréia cancelada

Mas afinal que sonhos?
O que é a arte se não mais uma fuga
De nossa triste e solene realidade
Se é mentira eu não sei, mas tu achas belo?

Sem flores ou carnaval
Carnaval de ideias mortas
Flores , positividade
Como sou legal não?

Ideias não podem ser mortas
Diz o militante caricato
Num tempo em que já não é possivel sonhar
sobrevivem as ideias destiladas

E o jovem palhaço se adaptou ao mercado
A moda agora é fazer texto de protesto
Amar a natureza, arte de consumo
Gratidão a você tambem

10/13/2016

Dança Funebre

Duas verdades
dois lados da moeda
dois nomes e uma filiação
um ritmo só

Sinta a batida meu doce
você consegue dançar comigo?
È real demais para ti?
balance seus quadris

Quem é você afinal?
Sinta  a batida, entra na dança dos falidos
Acompanhe meus passos
mas  não diga nada, por favor

Você consegue meu bem?
Só não vá perder o ritmo...

10/12/2016

Estrela apagada

Nada escrevo, nunca soube escrever
O poema é que me escreve
E se não fosse de tal forma
Nada haveria nas linhas de minha existência

O homem que sentia de menos
E sonha de mais
Nada sabia sobre amores
Tudo sabia sobre historias

Muito pra contar, pouco pra escutar
Muito pra chorar, algo pra esquecer
Ideias que se perdem na caixa preta do sentir

Diferente é a dor de cada um
Alguns choram por tristeza
Outros por dor ou felicidade
Afinal,Chora quem esta vivo

Tantos atalhos, poucos caminhos
È tanto verbo que vira substantivo
Tanto pesar falar e sonhar
Que termina tudo no pulsar
de uma estrela prestes a acabar