8/22/2016

Navalha

Choro, por você.
Por nós, por eles.
Por tudo e por todos
Choro, sem papas no olhar.

Mais por mais de tudo
Choro pelo caminho que trilhas
Chora-me ver sonhos despedaçados
Doe-me ser obrigado a usar de paliativos para viver

Choro, pelas esquinas.
Choro pelas bengalas
Choro pelas seringas
Choro pelo cifrão

Mas é o ódio que me alimenta
Uma maquina que não respira
Tudo que eu preciso é do meu ódio
Quanto mais nojento fores

Mais te odiarei
E mais forte caminharei
Pois a tristeza não deve virar melancólica.
Pois as lagrimas de um jovem são a navalha na mão.

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