8/10/2016

Conversa noturna

 Esse tempo todo sem te ver
Você menina, você mulher.
Kafka te manda lembranças
Caímos no abismo da profundidade
E juntos saímos, da caverna para ver as luzes.

Devemos aproveitar tais raros momentos
Pois mais raros ainda sãos os que pensam
Desejava-te antes, era bonita bela.
Agora, tal sentimento é deveras supérfluo.

Já não me interessa mais, pois conheci teu amago.
Esculpido pela dor
Tornou-se infinitamente mais bonita
E humana demasiada humana

E nossas mãos,
 Jamais vão se entrelaçar
Mas quando deito a noite
Sua imagem me vem à cabeça

Mas assim são as coisas belas
Momentâneas e platônicas
Pois se queres manter seu ideal vivo
Não deves vivencia-lo


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