9/22/2015

Fuga noturna

Falar sem nada dizer.
Tanto andar sem sair do lugar
As portas do ônibus entreabertas
Lotado para variar, ódio,

Com receio do que possa encontrar
Quando revirar seu pequeno ninho
Falsas promessas... Caminhos tortos
Só nos resta odiar

Sua calça rasgada, seu pedaço de eu.
Caminhando por aí, expressão vazia no rosto.
Esbarrando em multidões inexpressivas
Solitários, todos nós.

Em meio ao lodo da vida humana
Esperando o anoitecer chegar
Para nossas botas calçar
E nossos moicanos levantar

É chegada a hora da libertação
Por algumas horas
Á sombra da lua
Gritar por liberdade

.

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