Despertar dos mortos
Da minha mão
Pesada e cansada
Palavra nenhuma há de sair
A festa literária acabou
Se agora escrevo aqui
És com sangue de minha mão
Que jaz cansada, enclausurada.
Que nessas linhas se guarde um pouco de paixão
Para que ao despertar
Lembra que a mão que bate
É a mesma que lhe dá caricias a noite
E a mão, que culpa tem?
Obrigada a escrever sobre essas linhas tortas
Parece-me que foi ameaçada
Sonho com o dia em que
Milhares de mãos inertes passem a escrever
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