3/28/2015

Voce consegue ver?

Sinta o doce tocar das notas
Bailando sobre suas cabeças
Sinta o perigo adentrar
Sua alma como um furacão

Tudo que acreditas
Será perdição
Viver por viver
Ohh. Isso é tão perigoso docinho

Só mais uma noite
Quero sua boca colada na minha
Sob o luar e o mar 
Papos dentro da noite, e os sonhos a ruir.

Nota por nota
Batida por batida 
Vem contagiando 
Você a consegue ver baby?

A perdição se encontra
Enraizada em nossos corações
Não ha escapatória
Não há tapete vermelho,
 Não ha arroz branco

Busque, encontre descubra.
Renove, maximize-se.
Auto degeneração
Ó doce eternidade

Luar de fases e idades
Talvez a lua tenha um caso com a terra
Esquecendo assim os homens aqui
Nesse canto sem brilho

E as chuvas são as estrelas
A chorar por verem seus amados
Presos a terra


Cadê meu disco voador?

3/21/2015

Lirismo Banal

E se tudo que eu senti então
Talvez não fosse nada afinal
Apenas inseguranças
Despojadas num lirismo banal

Do poeta que procura o sentir
E almeja o viver
Suas asas, atrofiadas.
De tanto ficarem atadas

Um pássaro sem asas
Amor sem paixão
A verdade sem a mentira
A vida sem ilusão

O que é viver?
Fazer parte do nosso belo quadro social
Vestir o terno, bater o ponto.
Olhar o relógio e fazer seu papel

Quem vive mesmo.

Bom essa pergunta eu não sei responder

3/15/2015

Cocar de penas arrancadas

Por onde começar eu não sei
Palavras ma faltam para descrever
O que sinto , quando estou ao seu lado
Vou revirar o dicionario e ver se descubro

Nos poemas trocados
Nos desabafos falados
Nas ideias compartilhadas
nas declarações platônicas

Cada pequeno pedaço de você
Eu quero guardar,junto de mim
Que seja um momento eterno
Que não nos esqueçamos

Amo-te mais do que tudo
Quero te ver bem
Que não caiam tuas penas
E se cair faça um cocar

Não sei o que do futuro esperar
Mas de uma coisa eu sei
Sempre em minha mente
Você irá estar

E que minha solidão
Esbarre-se na tua
Como que por engano
para juntos construirmos nosso cocar de penas arrancadas




O Futuro

O que eu espero do futuro?
A pergunta que não quer calar.
Onde e aonde deverei estar
São repostas que me obrigam a pensar

O que será do amanha
Espero ficar sempre jovem!
Com os cabelos ao vento
Sempre a matutar...

Mas de uma coisa eu já sei
Viver o presente intensamente é o que é real
Por que se tanto eu penar a pensar
Nada há de se concretizar

Penso que sinto
Sinto que penso
Parar sentir o que sinto
Pensando no amanha

O futuro é um sol encoberto por uma nuvem de fumaça
E eu besta que sou
Vivo a tentar soprar
Esse fogo que não quer apagar

3/11/2015

Só por uma noite


Ela se foi, mais uma vez.
Deixando um coração de vidro para traz
Sem eu ver o brilho em seu olhar
Assim esquecendo o que é real

Estou casado, o meu olhar pesado.
Cansado de historias que não acontecem
De sentir falta do que não foi vivido
Dos poemas que se repetem

Cansado de escrever sobre as mesmas coisas
Cansado do teatro de fantoches
Cansado das velhas e novas verdades
Escrever os cantos e buracos

Solidão em meio à multidão
Dialogando com papel e tinta
Sem alguém ao meu lado
Seguirei me enganando esquecido

Que seja então, só por mais uma noite.
E nada mais
Traga junto de ti o teu sorriso
E leve embora essa saudade




3/09/2015

Recadinho

Menina dos cabelos de fogo
Você apareceu
Meu coração acelerou
Nas confidencias que trocamos

Uma esperança surgiu
Como sempre a boa e velha fagulha
E eu paro pra pensar
Por que sempre escrevo ao invés de falar

Mas a perguntar que não quer calar
Eu não sei se quero lhe falar
Mas talvez deva escrever
Comigo quer ficar?

Eis que me pego
Nostálgico, bilhetinhos desses.
Eu não fazia desde o fundamental
Mas tua beleza me deixa pequenino que só

Tu és linda
Mais linda que o sol
No teu olhar historias
Que estou doido para investigar

Mas vou-me embora como sempre
Esperançoso, esperando a minha vez.
Mas sei que o que vale é tentar
Então eu espero chegar minha vez



3/07/2015

Ressaca da Revolução

Eu sou aquele que desce as escadas a pé
   Aquele que permanece na chuva
Aquele que procura a vida, mesmo quando ela escorre sobre seus dedos.

Eu ainda sou eu acho
Aquele que pega sempre o ônibus errado
Aquele que vai só ao cinema
Aquele que tudo busca, sem saber o porquê.

Eu sou aquilo, sou?
Que cresceu vendo a revolução de ressaca em sua casa
E o seu vomito era fétido, e seus discursos demagogos nojentos.
Aquele que viu as caras e os coringas.

Tornei-me aquele vive por traz das paginas
Eu fui.
Hoje sou aquele cujos sonhos
Esvaem-se e se perdem
Na desesperança crônica e cotidiana.

Sou o que me ensinaram
Fruto do belo experimento
Eis a beleza, onde está a plateia?
Aqui estou entre as linhas da loucura, você conseguiu.




3/03/2015

È a crise não?


O espelho me encara
Pergunta o que sou
E sobre a faceta da mentira
Uma lagrima de sangue escorre

Uma alma lamenta
A falta de um ser
Mas tenho esse saber
De que me serve?

Uma fagulha acende
Um velho coração de lata bate
Ele pulsa
O pulso, ainda pulsa.

E mesmo que seja pela sua ausência
Vai valer a pena
Pois por dois segundos
Senti-me vivo de novo

Uma noticia
Uma carta
Aquele adeus
E os segundos preciosos

Mas fica meu adendo
A tua história
Que teu caminhar seja suave
Até o próximo sorriso

3/02/2015

Disforme

Homo forma disforma disformadamente disforma a mente mente que mente ideologicamente ideologiza o ser forma fomenta o saber cura procura a alma na calma


Girasol




Flor de mandacaru
Cresce no asfalto
Cresce em qualquer lugar

Leva seu brilho
Seja onde for
Não se deixa abater
Gritando e esperneando

Vai deixando seu rastro
De sementes de liberdade
Que florescem
Em nova flores

Novos amores
Novos saberes
Essa flor...
Sempre por ai

Mas por onde passa deixa sua marca
Deixa a terra arada
Pronta pra semear a liberdade
Florescendo uma nova estação


Desconexo

Eis o sol
que sobe majestoso
vem chegando a nova estação
tempestade de areia

Procuro viver
me sentir bem
não sei se amo
não sei se sinto

sei que penso
logo existo
para pensar
que sinto

ou sera tudo besteira
que venha o saber
que venha as mentiras
e as ilusões

vamos nos embebedar de vida
pegue seu cálice
a luz foi embora
quando ela foi embora

Ela sempre vai embora
embebede-se com a nostalgia
mas não esqueça do presente
dia apos dia...

sobrevivendo
estrada após estrada
não mais
tudo termina em febre pelo vazio.